A Síndrome de Burnout se refere ao esgotamento mental geralmente derivado do excesso de trabalho e ao excesso de atribuições profissionais. A Síndrome de Burnout ou simplesmente Burnout, é a consequência da exposição prolongada a níveis de estresse elevado no trabalho e o seu significado em português seria traduzido literalmente por “queimar por completo”.
Atualmente, o diagnóstico de pacientes com Burnout está cada vez mais frequente e cabe ao médico ficar atento quando o paciente apresenta os principais sintomas do Burnout. Além do mais, saber orientar de forma adequada é um pré-requisito básico. Para entendermos um pouco mais desse assunto, preparamos algumas perguntas e respostas sobre este distúrbio psíquico!
Por que todo médico precisa (mais do que nunca) saber Psiquiatria?
Pergunta n° 1: Inúmeros são os fatores que desencadeiam o Burnout. Quais são eles?
- Excesso de carga horária de trabalho;
- Autocobrança exaustiva pela alta performance;
- Necessidade de cumprir metas;
- Comparação excessiva com outras empresas e outros funcionários;
- Diminuição do sentimento de realização profissional;
- Ausência de descanso ou de férias;
Pergunta n° 2: Quais os sintomas mais comuns do paciente com Burnout?
- Sintomas de exaustão emocional como a ansiedade e depressão;
- Distanciamento das relações pessoais;
- Sintomas somáticos podem começar a aparecer, tais como: cefaleia, hipertensão arterial, queixas estomacais e insônia;
- Baixa autoestima, desânimo e apatia;
- Irritabilidade, estresse e agressividade;
- Sensação de incapacidade e não confiança em si mesmo;
Leia: “Saiba as 10 principais dúvidas no tratamento da depressão”
Pergunta n° 3: Como diferenciar a Síndrome de Burnout e a Depressão?
O Burnout é o processo que ocorre e se inicia com o fator estressor crônico no ambiente de trabalho ou em qualquer outro ambiente que se relacione com o cumprimento de metas, como o ambiente universitário e acadêmico. O Burnout pode levar o indivíduo a “explosão”: seja ele com o rompimento com a chefia do trabalho e desentendimentos com outros funcionários. Com a cronicidade do Burnout, o paciente acometido poderá desenvolver quadros depressivos e de ansiedade.
Já a depressão tem um diagnóstico baseado nos sintomas clássicos de perda de interesse e prazer; perda de energia; humor deprimido na maior parte do tempo com todas as situações (não só as do trabalho) e geralmente ele não tem esse desenvolvimento da “explosão” que é visto no Burnout.
Pergunta n° 4: Qual é a diferença entre a Síndrome de Burnout e a Síndrome do Pânico?
Resumidamente, o transtorno do pânico e a síndrome do pânico é um processo caracterizado por ataques de ansiedade agudos com duração de alguns minutos (mesmo o mal-estar podendo demorar algumas horas); uma das características é a repetitividade dos sintomas, podendo aparecer inúmeras vezes em um curto período ou podendo ser acompanhado da sensação de morte eminente. Sendo assim, como já explicado anteriormente, o Burnout está relacionado ao ambiente de trabalho que está sendo cronicamente exaustivo apesar do sintoma de “explosão” visto no Burnout.
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Pergunta n° 5: A síndrome de Burnout pode ser prevenida? Se sim, quais os cuidados necessários?
O Burnout pode ser prevenido a partir de mudanças de hábitos diários. E o objetivo dessas mudanças é que elas se tornem um hábito. Medidas como: prática de atividades físicas; alimentação balanceada; reorganização profissional com menos cobranças e descanso nos dias de folga e nas férias; relacionamentos saudáveis no trabalho objetivando um ambiente com menos competição; e, realização de meditação, yoga e acompanhamento da psicoterapia para o autoconhecimento dos próprios limites são algumas atitudes que poderão ser tomadas para o alívio da carga de estresse acumulado.
Pergunta n° 6: Como é realizado o tratamento do Burnout?
O afastamento do trabalho, quando possível, pode ser uma terapia interessante pois afastará o fator desencadeante/estressante causal. Porém esta não é a realidade da maioria dos profissionais, então, o médico poderá indicar a ingestão de remédios antidepressivos, como Sertralina ou Fluoxetina, por exemplo, que irão ajudar na diminuição da sensação de inferioridade e de incapacidade objetivando o ganho da confiança necessária para que o paciente possa realizar as suas atividades laborais. Para o tratamento eficaz, é fundamental que o médico indique as mudanças de hábitos de vida já citados para a prevenção do Síndrome de Burnout.
Além das perguntas já apresentadas, é válido frisar que a classe médica é uma das mais afetadas pela Síndrome de Burnout. Não é segredo que a nossa jornada de trabalho é extensa e muitas vezes estressante. E é neste ponto que a Faculdade CENBRAP atua: tornando os médicos espalhados pelo Brasil especialistas em sua área de atuação. Várias são as vantagens da especialização e uma delas são os horários de trabalho mais flexíveis com melhor remuneração. Invista na sua saúde mental, invista em você, venha para o CENBRAP.