Conforme o prometido, hoje a Faculdade Cenbrap trouxe a II parte do texto de perguntas relacionadas a diabetes e insuficiência renal.
Boa leitura!
8. Qual o efeito de uma dieta com pouca proteína?
As pesquisas sugerem que reduzir a proteína na dieta pode retardar o avanço de problemas renais. Deve-se conversar com o médico sobre o assunto. Se o paciente precisar de uma dieta com pouca proteína, deve planejá-la com um nutricionista.
Não se deve iniciar esse tipo de dieta sem conversar com um nutricionista para não piorar a condição de saúde.
9. O que significa falência renal em pacientes com diabetes?
A falência renal significa que os rins não são mais capazes de manter o paciente em um estado razoavelmente saudável, sendo necessário diálise ou transplante. Isso acontece quando a função renal se reduz a 15 por cento da normal.
Sem tratamento adequado, o tempo entre o início de uma insuficiência renal diabética e a falência renal em estágio terminal é de cinco a sete anos.
10. Como a falência renal é tratada em pacientes diabéticos?
Três tipos de tratamento podem ser usados quando ocorre a falência renal: transplante de rins, hemodiálise ou diálise peritonial. O tipo de tratamento para cada paciente será escolhido de acordo com o estado geral de saúde e a condição médica, o estilo de vida e a preferência do paciente. A taxa de sucesso de cada tipo de tratamento é muito importante nesse planejamento. Essas decisões não são definitivas.
Muitas pessoas usaram todos esses tratamentos em momentos diferentes. A equipe de assistência médica irá discutir com o paciente esses diferentes tratamentos e tirar suas dúvidas.
11. Um paciente com diabetes pode fazer transplante de rim?
Sim. Um transplante de rim pode ser feito com o rim de alguém que faleceu ou de um doador vivo, que pode ser um parente próximo, amigo ou mesmo um estranho que deseja doar o rim para alguém que necessite de um transplante. Após receber o novo rim, o paciente necessita utilizar uma dose maior de insulina. Isso porque o paciente se alimentará mais e o novo rim irá decompor a insulina melhor que o lesionado.
O paciente também utilizará medicamentos denominados esteroides para impedir que o organismo rejeite o novo rim. Se o rim transplantado parar de funcionar, o tratamento com diálise pode ser iniciado e o paciente pode aguardar um novo transplante.
12. Para que servem transplantes de rim e pâncreas?
Algumas vezes, se o paciente tem diabetes tipo 1, pode ser possível executar um transplante de pâncreas simultaneamente a um transplante de rim ou logo em seguida. O médico pode orientar o paciente a respeito dessa possibilidade.
13. O que a hemodiálise envolve?
A hemodiálise é a forma mais comum de tratamento de falência renal. Para fazer uma hemodiálise, o paciente precisa passar por uma cirurgia para juntar uma de suas artérias do braço a uma veia vizinha. Assim será criada uma veia maior chamada de fístula. São inseridas agulhas na fístula que são conectadas a tubos da unidade de rim artificial. Esse aparelho limpa o sangue e remove resíduos que se acumulam no sangue.
Os tratamentos duram aproximadamente quatro horas e normalmente necessitam ser feitos três vezes por semana. A diálise pode ser feita em um hospital, em uma clínica de diálise ambulatorial ou em casa (após o treinamento).
14. O que a diálise peritonial envolve?
A diálise peritonial é utilizada com frequência em pacientes com diabetes. Nesse tipo de diálise, o sangue do paciente não é limpo fora do corpo, como na hemodiálise. O sangue fica nos vasos sanguíneos que revestem o espaço abdominal do paciente. A mucosa desse espaço funciona como um filtro natural.
Pronto, agora sim finalizamos mais um assunto da endocrinologia!! Caso tenha interesse no curso, conheça a Pós-Graduação em Endocrinologia da Faculdade CENBRAP.
Referência:
Diabetes e Insuficiência Renal Crônica - National Kidney Foudation