Padrões agressivos de comportamento:
São comuns quadros de agressividade em crianças e adolescentes que são frequentemente encaminhados para intervenção psiquiátrica. Enquanto comportamentos impulsivos são normais no desenvolvimento infantil, persistências em padrões agressivos podem indicar a necessidade de intervenção precoce. Esses padrões de agressividade, se não tratados, podem evoluir para um transtorno de conduta crônico.
O transtorno de conduta é caracterizado por comportamentos persistentes de agressão e violação de direitos.
Etiologia da agressividade:
A criação severa e punitiva, ambientes familiares caóticos, psicopatologia parental e fatores genéticos e ambientais desempenham papéis cruciais na sua etiologia.
Ambientes familiares marcados por criação rígida e punitiva, agressão física e verbal severa, e caos estão correlacionados com o desenvolvimento de comportamentos agressivos em crianças. A psicopatologia parental, abuso infantil e negligência também contribuem significativamente para o Transtorno de Conduta.
Estudos indicam que fatores genéticos e ambientais têm influências equitativas na variação do Transtorno de Conduta entre homens e mulheres.
Residir em áreas urbanas densamente povoadas, desemprego dos pais, falta de redes de apoio social e participação em atividades comunitárias positivas são preditores do do comportamento agressivo. O uso precoce e regular de álcool entre adolescentes também está associado a comportamentos delinquentes.
Regulação emocional deficiente e controle inadequado de impulsos contribuem para níveis mais altos de agressão.
Estudos de neuroimagem revelam diferenças estruturais cerebrais, como redução de matéria cinzenta em áreas límbicas e amígdala, em crianças com Transtorno de Conduta. Distúrbios neurotransmissores, como baixos níveis de dopamina e altos níveis de serotonina, também são fatores relevantes.
Crianças expostas a abusos físicos, sexuais e negligência crônicos têm maior risco de desenvolver agressividade. A violência íntima entre pais também está fortemente associada a comportamentos agressivos em crianças.
Estudos longitudinais sustentam que a violência na mídia, incluindo videogames, influencia a agressividade de adolescentes do ensino médio. Revisões da literatura indicam que jogar videogames violentos está associado a aumento do afeto agressivo, excitação fisiológica e comportamentos agressivos. A quantidade de exposição a esses jogos e restrições de atividades podem intensificar a preocupação com temas violentos.
Compreender esses múltiplos fatores é fundamental para desenvolver intervenções eficazes e melhorar os resultados a longo prazo para crianças e adolescentes com padrões de agressividade.